A História dos Antipapas


Um antipapa é uma pessoa que reclama o título de Papa, em oposição a um Papa legitimamente eleito, ou durante algum período em que o título estava vago.

Antipapa não é necessariamente sinal de doutrina contrária à fé ensinada pela Igreja. No passado, antipapas eram geralmente apoiados por uma facção significativa de cardeais e reinos.


Hipólito de Roma († 235) é geralmente considerado o primeiro antipapa, como ele protestou contra o Papa Calisto I e dirigiu um grupo distinto dentro da Igreja em Roma. Hipólito foi posteriormente reconciliado com o segundo sucessor de Calisto, o Papa Ponciano, quando ambos foram condenados para a ilha de Sardenha. Porém se realmente Hipólito declarou-se bispo de Roma permanece incerto, especialmente pelo fato de que esta afirmação não tem sido citada nos escritos atribuídos a ele. Hipólito foi posteriormente canonizado pela Igreja.

Eusébio de Cesareia cita um escritor anónimo que relata que Natálio no início do século III aceitou ser papa de um grupo de hereges em Roma, mas logo se arrependeu e implorou ao Papa Zeferino (199-217) para perdoá-lo e recebê-lo novamente em comunhão. Embora esta circunstância também seja incerta.

Novaciano († 258), no século III, certamente, alegou ser Papa, em oposição ao Papa Cornélio, e se Natálio e Hipólito foram excluídos por causa das incertezas em relação às suas reivindicações, Novaciano poderia ser considerado de fato o primeiro antipapa.

O período de mais numerosos antipapas foi durante as lutas entre os papas e os imperadores do Sacro Império Romano dos séculos XI e XII. Conforme afirma o historiador Leandro Rust, "nenhum outro período histórico é capaz de rivalizar com a Idade Média quando se trata de antipapas. Para pouco mais de cinco séculos (entre 999 e 1513) mais de 20 deles são identificados. A maior parte concentrada nos períodos de 1060-1180 e 1320-1440". Os imperadores frequentemente impuseram seus candidatos próprios para promover suas próprias causas.

O Grande Cisma do Ocidente - que começou em 1378, quando os cardeais franceses, afirmando que a eleição do Papa Urbano VI seria inválida, elegeram Clemente VII como papa - levaram a criação de dois antipapas, um em Avinhão (Clemente VII fixou residência em Avinhão, França), e Pisa. O último antipapa mencionado foi eleito na cidade de Pisa, Itália, como Alexandre V. Posteriormente, o Papa Martinho V foi eleito e aceito por toda a Igreja. A partir do Reforma Católica no século XVI cessou a existência de antipapas.


Antipapas da Igreja Católica Romana


ANTIPAPAS
  • Hipólito de Roma
  • Novaciano
  • Félix II
  • Ursino
  • Eulálio
  • Lourenço
  • Dióscoro
  • Teodoro
  • Pascoal
  • Constantino II
  • Filipe
  • João VIII
  • Anastácio
  • Cristóvão
  • Bonifácio VII
  • João XVI
  • Gregório VI
  • Bento X
  • Honório II
  • Clemente III
  • Teodorico
  • Adalberto
  • Silvestre IV
  • Gregório VIII
  • Celestino II
  • Anacleto II
  • Vítor IV (1138)
  • Vítor IV (1159–1164)
  • Pascoal III
  • Calisto III
  • Inocêncio III
  • Nicolau V
  • Clemente VII
  • Bento XIII
  • Alexandre V
  • João XXIII
  • Clemente VIII
  • Bento XIV
  • Felix V
  • Gregório XVII
  • Pedro II
  • Gregório XVIII
  • Pedro III